No espetáculo de dia 3 de Março de 2024, às 21h00 na Sala Experimental do Teatro Municipal Sá de Miranda assistiram cerca de 50 pessoas. Leram a Fabíola Sousa, o António Marques, a Rita Reis, o José Sousa, o Nelson Neves e a Luísa Rocha, que aceitou o desafio de ir a cena ler as palavras de Salgueiro Maia. Na conversa o senhor José Veiga foi o primeiro a intervir, pedindo uma salva de palmas para o ator, tendo este respondido que “tudo o que acontece numa cartografia fica registado.”. De seguida, José Veiga partilhou que esteve em Angola em combate e que depois do 25 de abril esteve também no serviço de apoio à aviação angolana, pelo que viu os dois lados da realidade daquela época naquele país. Rui Viana agradeceu e felicitou a equipa pelo espetáculo e mencionou que nesta cartografia faltou apenas um nome, de um antigo militar, Capitão de Abril, de nome Ambrósio (...) que há dez anos viu o espetáculo no antigo paiol do Forte de Santiago da Barra e que ficou emocionado pelo mesmo. O ator disse não se recordar da pessoa e perguntou se ainda era viva, pedindo a Rui Viana que lhe transmitisse um abraço. Luísa Rocha, que já tinha visto o espetáculo mais que uma vez, no âmbito da sua atividade de professora do ensino Secundário, comentou que: "Depois deste espetáculo, nunca mais acharei a palavra cartografia fria, seca, insensível.". Jorge Montez referiu que não sabendo como estará a casa de nascença de Salgueiro Maia, podia partilhar que sabia que em Castelo de Vide existe agora a Casa da Cidadania. O ator acrescentou que, felizmente, também a casa de nascença de Salgueiro Maia está hoje já sinalizada e identificada como tal. Nelson Neves disse que Salgueiro Maia não terá de facto sido devidamente reconhecido em vida mas que talvez a melhor condecoração que Salgueiro Maia merecia é este espetáculo. Seguiram-se aplausos. Pedida ao público a palavra ou palavras que fechassem aquele momento e que iriam abri a próxima representação do espetáculo, seguiu-se uma profusão espontânea de várias palavras e expressões que, por serem tantas, teria sido impossível registá-las e reproduzi-las todas se, em simultâneo, o José António, responsável pela tradução para inglês e pela operação de legendagem afeto ao espetáculo, não tivesse começado a escrevê-las e a projetá-las em tempo real como legendas. Lendo, o ator, encerrou o espetáculo com a chave cartográfica de transmissão:
Revolução. Memórias. Emoção! Liberdade. 25 de Abril Sempre! Esperança! Silêncio! Inquietação! Resiliência!
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