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4 de março de 2024, 19h00, Sala Experimental do Teatro Municipal Sá de Miranda, Viana do Castelo


No espetáculo de dia 4 de Março de 2024, às 19h00 na Sala Experimental do Teatro Municipal Sá de Miranda assistiram cerca de 40 pessoas. Leram a Ana Margarida, o Rui Pedro, o Manuel Alberto Silva, o Marçal Almeida, o Nuno J. Loureiro e a Matilde Barros, de 10 anos de idade, que aceitou o desafio de ir a cena ler as palavras de Salgueiro Maia. Na conversa, Manuel Alberto Silva parabenizou a Companhia pelo espetáculo e disse que foi surpreendido por ter ouvido o seu nome. Disse também que gostava de se dirigir aos mais jovens que sabe estarem ali presentes e também a pessoas que estiveram na guerra e em África que imagina que também estão ali presentes, para dizer que os verdadeiros heróis da Guerra Colonial foram os soldados; e que como em tudo, na guerra também havia sortes; que enquanto antigo Furriel Enfermeiro ele tinha 4 homens, cabos, sob o seu comando e que eram eles que faziam a maioria das intervenções de socorro aos feridos, sendo que ele fazia apenas as mais exigentes por ter tido um pouco mais de formação. De acordo com o Regulamento de Disciplina Militar, sempre que o Capitão de Companhia saísse em operação para o mato, era ele, como mais graduado quem tinha que ir no apoio. Mas que, como o Capitão que lhe calhou, não era muito corajoso, em 27 meses de comissão apenas teve que sair para o mato 2 vezes, pelo que considera que teve muita sorte. Terminou dizendo que agora que o Marcelo (n.r. atual PR) quer fazer compensações de uma maneira que ainda ninguém percebeu qual é, talvez pudesse começar pelos deficientes das Forças Armadas, que bem merecem. Seguiu-se Marçal Almeida que também esteve em Angola durante a guerra, na Força Aérea, pelo que teve sorte de não estar envolvido em combate diretamente mas que foi para Angola sem perceber porquê, o que é que lá ia fazer, porquê. Só mais tarde, e depois do 25 de Abril, percebeu melhor o que estava em causa. Disse ainda que se congratulava de atualmente ver como estão a decorrer as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, sobretudo por parte dos jovens. Seguiu-se Ana Margarida que, enquanto professora de História, felicitou a Companhia e agradeceu o espetáculo, dizendo que este é uma brilhante lição de História. Tomás Gonçalves disse que queria apenas acrescentar que ele tinha 19 anos de idade em 1974, a 2 anos de ser incorporado, e que na época a sua preocupação e a dos seus amigos jovens era a perspetiva de terem de ir para a tropa e para a guerra, e que só por isso, já é suficiente para estar para sempre grato a quem fez o 25 de Abril que, de facto, veio por fim a uma situação que não fazia sentido, que só beneficiava alguns. E acrescentou que os jovens devem pensar e estar atentos que, sempre que alguma coisa só faz sentido para alguns, é porque alguma coisa está errada. Seguiu-se a definição da chave de transmissão cartográfica com que, depois de dizer o texto final, o ator encerrou: Homenagem. Coragem. Determinação. Educação. Importância. Liberdade.

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